Roma, “A Cidade Eterna”, merecia um texto com inúmeras dicas, se já não fosse tão bem conhecida por todos no mundo, até mesmo por aqueles que lá nunca estiveram. Falar sobre o Vaticano, Coliseu, Fórum Romano ou sobre a Villa Borghese me parece inútil. Logo, trago aqui poucas, porém boas dicas de Roma.
Estive em Roma apenas uma vez até
hoje (pretendo voltar em breve!) e no mês mais tumultuado em qualquer parte do
mundo: julho. Por conta disso é claro que a minha primeira impressão não foi
das melhores. Como toda cidade turística de grande porte, Roma é bem suja nos
meses de alta temporada (de junho a agosto). De fato, o Rio de Janeiro é um
lixão a céu aberto no verão. Um tio do meu marido que é italiano e mora na
Toscana disse que a melhor época para visitar Roma é em outubro, quando a
cidade está mais calma, fresca e limpa. Fica aí então a minha primeira dica.
Por esse motivo, Roma não me
encantou à primeira vista. Fui me maravilhando aos poucos com a cidade. Fiquei
apenas 4 dias, nos quais em sua maioria fiz os passeios convencionais e outros
nem tão convencionais assim.
No Vaticano, tive a “brilhante”
ideia de subir na cúpula da Basílica de São Pedro. Conclusão: quase tive um
ataque de pânico! Você vai chegando ao topo e a escada vai se estreitando e vai
se inclinando, provocando uma vertigem horrível. Só há uma via a ser seguida,
ou seja, para voltar você é obrigado a ir até o topo pra descer pelo outro
lado. Praticamente não há janelas, só umas frestas por onde entra um pouco de
ar e luz. É sufocante. Chegando lá em cima eu nem consegui curtir nada, só
queria descer dali.
Enfim, se você não tem problemas
com isso, vá em frente e suba a Basílica, pois a vista, segundo meu marido, é
linda, mas, do contrário, evite!!!
A minha grande dica, que me
incentivou a escrever esse texto, diz respeito ao Coliseu e ao Fórum Romano.
Quando eu e meu marido estivemos lá, estava tão grande a fila para comprar o
bilhete que decidimos comprar um tour com um dos vários guias que ficam do lado
de fora oferecendo pacotes. Foi a melhor coisa que fizemos! Não só pela
facilidade de não ter que entrar em fila nenhuma, mas principalmente por termos
encontrado um excelente guia.
Eu não suporto essas coisas de
guia, excursão, city tour etc., porque acho que eles mostram sempre o “basicão”
e, além disso, o grande número de pessoas deixa o passeio tumultuado.
Mas essa ocasião foi diferente. O
guia Alex Mariotti, um Americano de nascença, mas Italiano de coração (como ele
próprio definiu), é um cara muito dedicado à sua proposta. Ele mostra os
lugares com uma visão bem diferente dos guias tradicionais. Ele fala o tempo
todo sobre como era a vida antigamente, o comportamento das pessoas e
curiosidades do povo romano etc. Aliás, lembro dele dizer que ele era
especializado em algo do tipo armas romanas. Só sei que ele sabe muita coisa
interessante para passar aos que se juntam ao tour. Assim, a visita ao Coliseu
e ao Fórum Romano foi bem diferente e valeu muito a pena!
Mas não foi só isso. O mais legal
veio depois. Ele nos convidou a participar de um tour chamado Mysteries of Rome at Dusk: um tour que fala sobre os lugares não indicados nos guias de viagem,
as esquinas escondidas etc. Veja
a descrição do passeio pelo próprio Alex:
“No one leaves Rome
saying “I missed the Colosseum or I never saw the Vatican ”,
but the things you do miss are what makes Rome
so truly unforgettable. The fault lies with the maps that don’t print the side
streets and the guide books that don’t mention them. With over 900 churches in Rome , how can you make a
top one hundred list let alone a top ten? Let us show you sights, that few ever
see and many save us, don’t have access to.
After 3 years of passing a small,
often abandonded church, I struck up a friendship with the priest, asking why
he had dedicated almost 40 years of his life to the church, he beckoned my
perplexed group and I to the underground of the Basilica. Once there we were
subjected to the church’s private collections of art, from unfinished
Bernini’s, lost Renaissance masterpieces to holly relics. So started my quest
to find the things no one ever sees.
This is what I want to show you, discoveries made over the last 5 years,
through research, coincidence and often…pure luck. So here is my question…would
you like me to introduce you to the real Michelangelo and through a death mask
stare into his eyes for the first time? Would you like to be snuck into a crypt
to see the tomb of two of Christ original apostles or perhaps solve the riddle of Galileo? What about doing the
unthinkable, the chance to rub your own hand across a Michelangelo and find
proof that he truly could turn marble to
flesh? Then come and I guarantee by the time the tours done, when your sitting
in a wonderful local area, with a good meal and glass of wine, you will know
that no trip to Rome
is ever your last.”
Alexander
Mariotti
Dolce Vita
Rome
Como você pode ver, de fato, é um
tour especial. Eu posso dizer que foi demais e valeu muito a pena! Além de
histórias e mais histórias que Alex conta, nós ainda podemos saber sobre o
mistério da tumba secreta de Michelangelo e conhecer uma igreja feita
totalmente das pedras do Coliseu.
Fica aí a minha grande dica!
Com relação à gastronomia,
confesso que não foi em Roma que tive as melhores refeições. Não sei se foi por
falta de dicas, ou se pesquisei errado. A comida lá não me pareceu tão bem
tratada como no interior da Itália, onde talvez as pessoas vivam com mais calma
e façam as coisas com mais vagar.
Mas, pra não dizer que não comi
bem em Roma, tenho duas boas dicas. A primeira é o restaurante Su & Giù Cucina Romana – uma típica cantina familiar italiana. A comida é boa, o preço é
justo e o ambiente acolhedor. Não deixarei de ir na minha próxima visita! A
segunda dica é um restaurante de frutos do mar chamado Sapore di Mare. Achei
uma delícia! E descobri ao final que os donos iriam abrir uma filial em Brasília. E , de
fato, abriram: o restaurante aqui se chama Hostaria dei Sapori. Mas se você
puder, visite a filial de Roma!
Tenho ainda mais uma dica de
restaurante próximo a Roma, em Fiumicino. É o restaurante Al Porticciolo, onde
também funciona um mini hotel. Também é específico de frutos do mar e é bem
carinho, mas ele é muito cotado e a comida realmente é diferenciada. Valeu cada
centavo!
Ah, por fim, deixo também as
minhas dicas de hotel. Em Roma, percebi que não é muito fácil achar um bom
hotel a um preço justo, mas como fuço bastante, acabei encontrando dois hotéis
que me agradaram. Tem o Alimandi, que reservei para os meus pais, que
simplesmente adoraram! E tem também o Home B&B, que reservei pra mim e pro
meu marido e que achei excelente – muito limpo, novo e confortável.
Espero que com essas poucas dicas
eu possa ajudar alguém!
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