Eu não sou lá muito fã dos
Estados Unidos, mas eu tiro o chapéu para Nova York, que, na minha opinião, é uma
cidade muito internacional e encantadora, em todos os sentidos, e bem diferente
do resto do país.
Muitas pessoas vão à Nova York em
busca, principalmente, de compras, teatros, exposições e museus. Não vou dizer
que não me enquadro nesse grupo, mas a minha última viagem pra lá teve como
roteiro principal os diversos restaurantes excelentes que fazem de Nova York
uma verdadeira capital mundial da gastronomia.
Pra começar, fiquei hospedada num
hotel chamado Empire Hotel. O hotel é bom. A localização é excelente: em frente
ao Lincoln Center e próximo a ótimos restaurantes, o que ajudou bastante nas
descobertas gastronômicas. Não é dos hotéis mais baratos (diárias a partir de
300 dólares aproximadamente) e também não é nenhuma maravilha, mas, como em Nova York é difícil
achar um bom hotel a um preço acessível, tá valendo ficar no Empire Hotel.
Cheguei lá numa quarta feira bem
cedinho, pelo aeroporto de Newark. Aliás, oriento chegar e sair por esse
aeroporto, em que há operação praticamente só da United Airlines, o que faz com
que ele seja tranquilo e não tenha filas quilométricas na imigração e no free shop.
Como o check in no hotel só poderia ser feito depois de meio dia, fui
tomar café da manhã no conhecido Magnólia Bakery, na Columbus Avenue, n. 200.
Os melhores cupcakes que eu já comi na minha vida!
Em relação aos restaurantes, a
primeira dica que dou é: se o restaurante for bem badalado, é melhor reservar,
principalmente à noite. Todo mundo lá faz reserva. Para isso, você pode acessar
o site www.opentable.com, fazer o
cadastro e depois é só procurar o restaurante que quiser e fazer a reserva online. É super fácil!
O primeiro restaurante em que eu
me aventurei foi o Bar Boulud, fica na West Brodway esquina com a Rua 64. Eu
decidi ir lá só e somente só porque estava exausta e o restaurante era bem em
frente ao hotel – literalmente. A experiência foi fantástica. Logo pensei:
“deve ser sorte de principiante”. Mais tarde fiquei sabendo que o lugar é realmente
bom e reconhecido e que há outro restaurante do mesmo dono (o chefe Daniel
Boulud) ainda mais bem conceituado, na própria Rua 64, chamado Boulud Sud.
Do lado do Bar Boulud tem também
outro restaurante bem gostoso, o Café Fiorello, onde comi um espaguete com
vôngole, que estava muito, muito gostoso e tomei uma taça de vinho, que veio
tão bem servida que mais parecia uma meia garrafa!
No dia seguinte, por entre as
andanças de compras lá pelo Soho e Tribeca, acabei parando num restaurante que
me surpreendeu muito. Chama-se Delicatessen. Tem um estilo moderninho e a
comida é típica dos deli’s. Pedi um hambúrguer, que, além de ser grande, ainda
veio junto com uma saladinha e um baldinho de batatas fritas com alho e alecrim.
Tudo uma delícia. Fica bem cheio e talvez tenha que esperar um pouco pra
sentar. Mas vale a pena!
À noite, me aventurei num
restaurante duas estrelas Michelin, chamado Marea. Fica no Central Park South.
O ambiente não é muito despojado, têm muitos executivos e, mesmo quando está um
calor infernal, não é permitido o uso de bermuda. O atendimento é ótimo. Quanto
à comida, confesso que errei ao pedir a entrada Ricci da Mare. Era um tipo de ouriço
do mar, mas tinha um gosto muito esquisito. Vai ver eu é que não soube
apreciar. Meu marido pediu umas ostras e adorou! O prato principal – pedimos
duas massas – estava uma delícia, digno das duas estrelas Michelin! Não achei o
preço um absurdo para um restaurante desse nível. Eu e meu marido gastamos
cerca de 250 dólares com direito a um bom vinho, água, entrada, prato
principal, sobremesa e café.
Outra surpresa bem próxima ao
hotel em que estava hospedada foi o Salumeria Rossi. É um restaurante italiano,
que também funciona como uma loja de frios. Foi lá em que eu comi a melhor
costelinha da minha vida! Vale a pena também pedir a tábua de frios de entrada.
Um espetáculo! Se eu tivesse que escolher um só restaurante de toda essa
viagem, eu escolheria o Salumeria!
Ainda próximo ao hotel, na
Columbus Avenue, tem um restaurante chamado Bistrô Cassis, que pertence ao mesmo
grupo dos restaurantes Pomodoro, Café Buenos Aires, Bistrô Citron, entre
outros. O serviço não foi dos melhores, mas a comida era de primeira qualidade.
Se bater uma fome enquanto se
visita o Metropolitan Museum, não hesite de fazer uma boquinha no The Petrie
Court Café, que fica mesmo dentro do museu, e experimente a salada de tomates
variados com mussarela de búfala. O ambiente do local é bem agradável e a
comida é deliciosa!
Já na região de downtown, um restaurante que me marcou foi
o Artisanal Bistrô. Eu comi uma carne super saborosa que estava desfiando e dava
até pra cortar com uma colher. Lá funciona também uma fromagerie, com queijos de todo o tipo. Vale a visita para almoçar,
jantar ou só para degustar queijos e vinhos.
Um lugar que não se pode deixar
de ir inúmeras vezes quando você for à Nova York é o Eataly, que também fica em downtown. Trata-se de um complexo gastronômico de
comida italiana de excelente qualidade! Eu experimentei todos os restaurantes
(massa, carne, vegetariano, pizzaria, peixes e a birreria que fica no rooftop).
Todos, sem exceção, são maravilhosos! Mas lá não têm só restaurantes. Há uma
espécie de feira com legumes de todos os tipos, há uma livraria, açougue com
carnes cinematográficas, vendem-se também utensílios de cozinha, macarrão,
molhos etc. É muito, muito legal!
Quando vou à Nova York, raramente
restrinjo meus passeios só a Manhattan. Diferente do povo que mora em Manhattan,
eu sou apaixonada pelo Brooklyn, com suas casinhas charmosas, as ruas
arborizadas, as lojinhas cults.
Sempre gosto de ir lá, passear pelas ruas residenciais, sentar numa praça, observar
a vida e descobrir lugares diferentes. Dessa vez, eu descobri, no Brooklyn
Heights, um restaurante polonês bem agradável e com preço honesto, chamado
Teresa’s – fica localizado no nº 80 da Montague Street. De quebra, deixo uma
dica de uma loja que descobri nesse dia de andanças pelo Brooklyn: chama-se
Dalaga (http://www.dalaganyc.com/) e
fica no Greenpoint. Um charme!
Agora, se você quiser dar uma de
local mesmo ou não quiser gastar muito, pode ir ao Whole Foods da Columbus
Circle, comprar uma salada ou outro prato qualquer e sentar no Central Park,
relaxar e almoçar por ali mesmo. Eu fiz isso dessa vez e foi ótimo!
Para experimentar uma noite mais
badalada, eu recomendo dois bares: o Boqueria e o Jules Bistrô.
O Boqueria é um bar espanhol que
faz o estilo “baladinha” com música levemente alta. Tem um bom cardápio de
tapas, além de ótimos vinhos e drinks.
Já o Jules Bistrô é um bar mais low profile. Eu estive lá em 2005 e
lembrava de ter me deliciado com moules
frites e de ter ouvido um jazz de primeira. Por isso resolvi voltar e ver
se continuava bom. Não me arrependi e tampouco me decepcionei. Quando cheguei,
o bar ainda estava meio vazio. Depois de um tempo a banda chegou e começou a
tocar um gipsy jazz (manouche) sem igual. Nesse momento, tive
certeza de que tinha escolhido bem o lugar pra ouvir uma boa música. Mas, mais
tarde um pouco, fiquei ainda mais contente. Chegou ao bar um menino,
acompanhado da mãe, que aparentava ter uns 16 anos. Ele sacou o violino da
maleta e só esperou a música terminar para se ajuntar com os demais membros da
banda. O menino deu um show! Eu me senti no filme do Woody Allen.
Depois, ao pesquisar o nome do
garoto (Jonathan Russell), descobri que ele é um menino prodígio e conhecido lá
nos Estados Unidos. Segue abaixo um vídeo do show que tive o prazer de assistir
lá em Nova York.
Acho que é isso. Após essas
experiências gastronômicas, eu já estava com saudades do meu feijão e arroz do
dia-a-dia.
Hotéis:
www.acehotel.com –
hotel moderninho (diárias a partir de 150 dólares a depender do tamanho do
quarto)
www.distrikthotel.com (diárias em
torno de 260 dólares)
Restaurantes:
http://www.cafefiorello.com/Jonathan Russell mandando ver no violino.
Carnes cinematográficas no Eataly.
Feira no Eataly.
Variedade de queijos no Eataly.
A vizinhança tranquila do Brooklyn.
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