sábado, 25 de maio de 2013

Portugal: minha segunda terra natal.

Eu sou brasileira, mas a origem da minha família é toda praticamente italiana e sueca. Tenho grande afeição por esses lugares, embora não conheça a Suécia ainda, mas o meu coração bate forte mesmo é por Portugal. Não sei muito bem explicar por quê. Não sei se é a hospitalidade do povo, a comida, as paisagens estonteantes ou o modo de viver. Simplesmente não sei exatamente.

Morei lá por pouco mais de dois anos. Em 1999, meu pai foi para Portugal trabalhar e eu fui com muita mágoa no peito, já que estava abandonando aqui no Brasil todos os meus amigos de infância. Mas, se a ida para a Europa foi sofrida, o mesmo não posso falar da minha estada por lá. Foi um grande momento em minha vida, em que fiz grandes amigos, conheci lugares incríveis e saboreei comidas deliciosamente inesquecíveis.

Em 2011, voltei a Portugal com meu marido e pude constatar que tudo que eu me lembrava daquela época gostosa ainda estava lá intacto. Lembro-me de muita coisa boa e por isso escrevo para dar algumas dicas valiosas deste país-irmão. Tenho tanto para falar que começo a escrever apenas sobre Lisboa e seus arredores. Posteriormente, escreverei sobre outras cidades que também valem à pena.

Pra começar, na minha opinião, a melhor época para ir a Portugal é quando estiver quente: entre final de maio e começo de julho e final de agosto a setembro. Deve ser evitado o pico das férias (meio de julho a meio de agosto), porque fica tudo muito cheio. Mas o principal motivo para ir a Portugal quando estiver quente é que a atmosfera é completamente diferente de quando está frio. É cheio de gente na rua. Não chove. Tudo fica mais verde. É possível sentar nas esplanadas sem bater os dentes de frio, ir às praias ou praticar esportes ao ar livre. E, além disso, o céu de Lisboa fica ainda mais bonito. Lá tem um dos pores do sol mais bonitos que já vi na vida!

Um bom lugar para ver o por do sol em Lisboa é num miradouro. A cidade é cheia de miradouros, mas os mais especiais para mim são: o miradouro do Adamastor e o miradouro da Graça. É bem gostoso admirar o entardecer no miradouro do Adamastor, tomando uma Sagres bem gelada, com uma linda visão do Tejo e da ponte 25 de abril. O Adamastor, que fica próximo ao Bairro Alto, é um lugar bem descontraído. Tem gente de todo tipo, conversando, tocando algum instrumento. Às vezes fica tão cheio que o pessoal fica sentado até mesmo no chão. Já o miradouro da Graça, que fica no bairro da Graça, é um lugar mais calmo, mas não menos especial (pelo contrário!). Parece aqueles lugares onde o tempo não passa. No bar da esplanada geralmente rola um jazz e tem umas tostas deliciosas.

Próximo ao miradouro da Graça está o Castelo de São Jorge. É bem turístico, mas é válida a visita. Do alto do Castelo avista-se praticamente toda a cidade. No verão, costumam ocorrer concertos ao ar livre (consultar a programação no site abaixo indicado). E pra quem gosta de apreciar bons vinhos, vale a pena ir ao Wine Bar do Castelo.

Em Lisboa, não se pode deixar de ir ao Convento do Carmo, que fica no Largo do Carmo. Na verdade, trata-se das ruínas de um convento que restaram após o terremoto de 1755. Aproveite para sentar em um dos bares da praça em frente ao convento e tomar um café ou um chá no Chá do Carmo ou mesmo almoçar no Indian Palace, que serve, acreditem ou não, comida indiana e italiana. Ambos são bons e baratos.

Ainda em Lisboa, para os amantes da comida macrobiótica (mas mesmo aqueles que não gostam vão se surpreender com o sabor!) vale uma visita no restaurante chamado Yin e Yang, localizado na Rua dos Correeiros, nº 14, 1º Andar. A comida é simplesmente leve e muito saborosa.

Pra ouvir uma boa música na capital lusitana eu recomendo um bar chamado Onda Jazz. Desde o ano passado que ocorre, em Lisboa, no verão (de maio a setembro), um festival de música ao ar livre - o outjazz. Eu sempre gosto de programações ao ar livre, então, acho que vale conferir. Mas, se você quer mesmo ouvir um fado português, vá ao Restaurante Mesa de Frades, na Rua dos Remédios, nº 139, em Alfama.

Pegando o trem na estação Cais do Sodré, é possível percorrer a costa até Cascais. Chegando à estação de Cascais, siga caminhando pela costa, admirando a paisagem, até chegar à Boca do Inferno (formação rochosa, onde se encontra um miradouro), onde é possível ver um lindo por do sol. Lá tem um ótimo restaurante que existe há mais de 30 anos, chamado Mar do Inferno. Eu não gosto muito de comer em lugares turísticos, pois geralmente a comida não é muito boa e é cara, mas esse lugar merece cada centavo. Estive lá em 2011 e tudo estava incrível. Ainda me lembro do meu marido comendo a sobremesa e falando que era a melhor da sua vida.

Seguindo um pouco para o norte, tem-se o parque natural de Sintra-Cascais. Dá pra chegar lá de trem ou ônibus, mas o legal é ir de carro para dirigir pelas ruazinhas, apreciar melhor a vista e sentir o ar gostoso da natureza. Se você gosta de esportes aquáticos (surfe, windsurfe etc.) vale ir à praia do Guincho, que, além de ser muito bonita, é ótima para a prática desses esportes, já que venta bastante. Mas se o seu gosto não está para esportes, siga até chegar ao centro histórico de Sintra, caminhe pelas ruas estreitas da Vila Velha, como é chamado, alugue uma bicicleta elétrica e visite o Castelo da Pena. O lugar é simplesmente uma delícia, alto astral, fresco e charmoso.

Já descendo para o sul desde Lisboa, atravessando a ponte 25 de abril, chega-se ao Parque Natural da Arrábida, onde é possível fazer trekking, biking, mergulho ou tomar um sol numa de suas praias com areias claras e águas calmas e cristalinas. Na minha opinião, a praia dos coelhos é a melhor! O acesso não é muito fácil, pois não há sinalização, mas chegando lá a recompensa é grande.

Atravessando a ponte que liga Setúbal a Tróia pode-se admirar as belas praias da Comporta e do Pego. Vale (e muito!) a visita. Para comer alguma coisa nessa região indico o restaurante Dona Bia, que fica na estrada que liga a praia da Comporta à praia do Carvalhal (Estrada Nacional, 261 Torre, Comporta). Os restaurantes que ficam à beira mar, apesar de muitas vezes serem práticos, nem sempre têm a melhor qualidade.

Por fim, se eu tivesse que dar uma só dica para algum amigo que estivesse indo a Portugal amanhã, a minha dica seria: não deixe de comer amêijoas à bulhão pato (divino!).

Hotéis:
Castilho House – fica próximo ao Marquês de Pombal (diárias a partir de 62 Euros).
Hotel Borges – fica no Chiado, próximo ao Bairro Alto (diárias a partir de 70 Euros).


Sites que podem ajudar:

Agências de ecoturismo em Lisboa:
http://greentrekker.pt/
http://www.caminhosdanatureza.pt/



Meu marido se deliciando no restaurante Mar do Inferno.


Por do Sol no Adamastor


Vista do Castelo de São Jorge (os arcos que tem no meio da foto são os arcos do Convento do Carmo)



Vista do Castelo de São Jorge



Um comentário:

jeje disse...

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